Summer 78

quinta-feira, 10 de março de 2011

Parar, morrer

Vem limpar-me as lágrimas, diz-me que faz sentido ser egoísta e que não é este o rumo que quero para mim, vem pousa-la e protege-me no teu abraço, ensina-me outra solução porque esta vai levar-me. Entra pela porta agora por favor, repete-me o quão fantástica sou, ilude-me com as tuas mentiras, ilucida-me dos devaneios em que estou metida. Rápido, porque o peso deste corpo que carrego na mão vai levar o peso que venho à tanto a carregar. Ajuda-me antes que opte pela via rápida, antes que tire de mim para sempre a opção de escolher. Chega agora antes que o puxe. Vou-te aguardar uns minutos, já esperei dias, meses, anos…
Aonde vou eu se não chegas? O peso vai-se em segundos, é tão tentador.
Onde estás? Não vais chegar, embarcaste numa viagem ao eterno e deixaste-me para trás.
Adeus.

(E a mancha vermelha estende-se ao longo do chão.)

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