Summer 78

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

La corrida

Não tomes as pessoas como certas, nunca digas nunca, compreende o outro, controla as tuas emoções e não deixes que elas te controlem, vive um dia de cada vez, saboreia a tua taça de café, despreocupa-te. Respeita os outros e o seu espaço. Ouve os mais velhos e aceita as críticas. Partilha a tua alegria e recicla a tua dor. Agarra-te aos que mais amas e aos que mais te amam. Agradece o dia de ontem, desfruta do agora e reflecte sobre o amanhã. Não magoes ninguém quando tu é que estás magoado, aprende a viver e não desistas. Escolhe ser feliz. Ouve a brisa do mar, preenche o teu coração de alegria com um simples sopro de vento. Repara nas sombras do entardecer, na adesão das gotículas de água. Ouve a tua mãe, ela sabe. Grava todos os momentos. Surpreende os teus, marca o chão que pisas. Espalha a tua pureza. Traça o teu caminho e nunca deixes a tua alma à venda. Porque vale sempre a pena.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

És,fera

Totalmente ao lado... Cada vez vejo mais o que via a menos. Não me tiram a inocência, não me tiram o prazer. A agonia diminui, o desprezo aumenta. Não sabes o que queres. Eu sei esperar quando tenho certezas de que vale a pena, de que não vou acabar por perder o meu tempo. Duas facetas agora mostradas, nada a dizer. Lá fora é escuro, que noite calma. Trocaste a tua música, e eu habituei-me à actual. Tanto que me espera. Não existe culpa, alma pura a minha, boas intenções... É tudo o que tenho a dar. E odeio-te por desistires, fraqueza a tua. Odeio a tua forma de ser.

Não desisto, não.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Adeus, foi o que me disseste

Espaços vazios, tiquetaque perverso. Em nada me encaixo, só no canto. Não existe lugar para mim aí, já não sou nada em ti. Sou figurante no meu protagonismo. E a vida passa-me ao lado. Nada é do meu agrado, velhos padrões. O vinho dos fracos acabou-se, levem-me para outra tasca, quero seguir. E nada sou para ti, outros interesses. Lâmpada fundida, estrela sem brilho. E eu tenho de te ver a correr atrás da nuvem branca, como uma sombra. Fiquei para trás. Quando longe fico perto, aquando perto fico longe. Instabilidade estável. Morri, para ti.

Arde tanto ver-te correr.

sábado, 4 de setembro de 2010

Ideias varridas

O momento não é o propício, não existe oportunidade, a gota caiu, as palavras não fluem, o som dispara...
Os pássaros emigram, está tudo de partida... Mas, o momento chegou... O relógio parou, a vontade perdeu-se, um aperto. Obrigaram-me a descer... Quem sou eu?
Eles gritam, sufocam e pedem perdão... não há retoma, um vazio. A ausência surge, vaivém dos perdidos. E qualquer coisa tem sentido, a água corre. De volta, frio. É agora? Não, mais tarde. Nunca chega.
E cada vez nos tornamos mais imperfeitos... Perdoamos todos os defeitos.
Não há quem diga, ninguém fica... E lá fora continuam a correr. Pobre melodia... Algo inaudível soltou-se dos lábios, o quê? Não há repetição. Pior que morrer, mudar.

Espera... há sempre tanto a dizer e nada a acrescentar.