Summer 78

domingo, 29 de maio de 2011

Reckoner

Achei-me numa saudade deste conforto, partilhar sem me preocupar, daquela forma que não deixa tempo a pausas, na qual não me interrogo, deixando-me ser, onde espaços vazios se preenchem a rir, com vontade, a viver-vos simplesmente.
Tenho vindo a treinar-me,sem propósito, deixando a espera pelo futuro e fluindo o presente.
Lembro-me de quando achei que preferias estar certo a ser feliz e assim considerei-te fragilmente cristalino. Recordo-me ainda de quando me apercebi que ao invés do que achava a principio, descobri que és feliz apenas por estar certo,
resumindo-se tudo a um minúsculo traço que crias e recrias,
onde apenas te encaixas numa solidão que nem vês.
Ainda que caminhem nele tantos quantos determines és tu que o dominas, e assim vais citando as trevas, desenhando uma farsa calculada, persuadindo espectadores desprovidos de conhecimento que te vêm como um seguidor.
Podias até escrever leis ou defender arguidos, creio agora que é exactamente a tua medida. Esse teu jeito natural de manipular faz de ti alguém diferente ao comum. Julguei sempre a diferença uma qualidade e graças a ti passei, ainda que raramente, a considerá-la um defeito.