Quando havia tempo e eu não sabia que ele existia,
Eu era diferente.
Quando eu não tinha perguntas,
Eu não ouvia respostas.
Quando não entendia a razão,
O coração era a minha bússola.
Quando haviam certezas,
Tu eras uma doce afirmação,
E eu era o teu ponto de exclamação.
Quando eu não entendia o poder do homem,
Não sentia as suas fraquezas.
Quando o sucesso era absurdo,
O insucesso não me pesava os ombros.
Quando o mundo era um triângulo,
Eu deliniava-me nas tuas esquinas pontiagudas.
Quando eras irresistivelmente dificil,
As palavras escorriam-me da mente como a chuva,
As emoções eram imponentes como a trovoada
E subtis como o crepúsculo.
Quando não havia intensão de sentir,
Eu sentia apenas.
Quando não haviam previsões,
Não havia medo.
Quando não existiam projetos inconcretizados,
Somente a vontade de os realizar,
Não haviam memórias.
Quando eu não conhecia a mudança,
Desenhava o infinito,
Quando não havia fim,
Fazias falta e queimavas,
E eu era feliz.
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