És a constante do mistério
gravemente ferida pelo meu império.
Moves o mundo num gesto subtil,
que me agrava a demência
e me perdura o abandono,
que se diz desastrosa.
A verdade da tua mentira
chega a ser comovente.
Deixando-me num estado anti-cético,
quase me convertes em crente.
Mas como toda a crença
em mim não perdura,
depressa te afogas
no meu declive de amargura.
Juntamente com mais um trago,
vais descendo lentamente.
Depecionaste o teu futuro
traindo o meu presente.
E a cada dia que passa
te vejo menos latente,
porque até o meu olhar
se tornou gélido e dormente.
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