Summer 78

sábado, 30 de abril de 2011

Falácia Viva

No topo do seu mastro
No esplendor da sua sombra
Cobriu-se o sedento de desculpas
Dizendo que ao engano me revelou o defeito da sua nascença
Sem sequer conhecer o segredo da minha existência
Julga-me crente da sua presença
Quando creio apenas na mentira da sua inocência.

Vestia-se como dizia-se
Falava-me como se via
Só não me entendia
Quanto mais me dizia ser
Menos se parecia
E por fim ao descoberto
Tempo deitado ao mar.

Ainda assim me levou a pensar
Estar à altura da sua forma
Que em tamanho tinha apenas o obscuro
E à vista creio, nada
Com certeza me parecia
Tudo o que não se via
E assim me deixou revelar que somente se dizia
Aquilo que queria
E entre o que parecia
Conclui,
Diletante seria.

E na hora de prestar contas
Nada me é afinal
Apenas a lembrança que quanto mais se julga saber
Mais ignorante se fica.

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