Espaços vazios, tiquetaque perverso. Em nada me encaixo, só no canto. Não existe lugar para mim aí, já não sou nada em ti. Sou figurante no meu protagonismo. E a vida passa-me ao lado. Nada é do meu agrado, velhos padrões. O vinho dos fracos acabou-se, levem-me para outra tasca, quero seguir. E nada sou para ti, outros interesses. Lâmpada fundida, estrela sem brilho. E eu tenho de te ver a correr atrás da nuvem branca, como uma sombra. Fiquei para trás. Quando longe fico perto, aquando perto fico longe. Instabilidade estável. Morri, para ti.
Arde tanto ver-te correr.
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